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AO ENCONTRO DOS IRMÃOS DE RUA

Em meio à noite, além do calor escaldante, os moradores de rua do Rio de Janeiro e os missionários experimentam um significativo calor humano [...]

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Em meio à noite, além do calor escaldante, os moradores de rua do Rio de Janeiro e os missionários experimentam um significativo calor humano: abraços, sorrisos, orações e a tão esperada e saborosa quentinha.  Percorre-se os becos, a beira da praia, as margens de avenidas .... certa noite, ao partir para mais uma noite desta desafiadora e edificante missão, Carlinhos disse que no final de semana teve levante... o outro missionário: “será que vamos encontrá-los hoje"?"?  Outro missionário ao atravessar a rua chama o irmão de rua que se encontrava coberto por sua humilde lona, este põe o rosto para fora e diz: alguém sabe meu nome? A  moradora  de  rua  estava  coberta  com  seu surrado cobertor para se proteger dos pernilongos, antes de degustar a cheirosa quentinha abriu o repelente que acabara de ganhar do missionário e ofereceu para as duas Irmãs que estavam de saia e podiam ser picadas: pensou primeiro no outro, enquanto poderia preferir guardar só para si.

Essa generosidade os irmãos de rua expressam a todo momento: chamam o outro morador de rua para não perder a visita dos missionários, apresentam  alguém “novo”/necessitado  recém chegado,  revelam que já receberam a quentinha do outro grupo ali próximo, quando os missionários dispõem  de  doação  de  roupa  ou calçado  há  morador  que  mostra que ainda tem: o presente pode ser ofertado para o próximo que precisa mais... mesmo com o estômago doendo de fome, deixam a quentinha ao lado e dão as mãos para a oração: união de mentes e corações onde se testemunha o verdadeiro sentimento de irmandade; momento em que evangelizadores também são evangelizados: na hora da prece o pobre oferece por alguém, agradece mais do que pede, ao despedir-se beija a mão da religiosa e diz tchau Irmã “Dulce”.

Toda Segunda-Feira Irmã Claudete e os membros da Pastoral de Rua da Paróquia Imaculada Conceição do Recreio/ RJ, compartilham um pouco da luta por sobrevivência dos irmãos de rua, fazendo-se presente onde esses irmãos estão.

Na parte da tarde, nas Segundas feiras, um grupo de voluntários que integram a pastoral assumem em mutirão a preparação do kit com quentinha (marmitex), águas, doces para serem partilhados com os irmãos de rua. Essa caridade é uma verdadeira corrente do bem, conta com apoio do Pároco Padre André, dos fiéis que doam os alimentos, enfim da doação plena (tempo e amor) dos membros da pastoral: de certa forma todos exercem a empatia: como Francisco de Assis são capazes de na simplicidade e alegria, amar ao Cristo na pessoa do pobre!

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