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"TUDO SERIA MELHOR SE HOUVESSE MAIS AMOR"

O horizonte das prioridades da Conferência dos Religiosos do Brasil, em vigência, nos recorda do compromisso de sermos Religiosos e Religiosas imbuídos de misericórdia, com palavras, gestos e atitudes humanizadorasl […]

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O horizonte das prioridades da Conferência dos Religiosos do Brasil, em vigência, nos recorda do compromisso de sermos Religiosos e Religiosas imbuídos de misericórdia, com palavras, gestos e atitudes humanizadoras numa dedicação especial junto aos empobrecidos, às juventudes e a ecologia integral.

A vivência desses valores exige uma sincera afinidade com o Evangelho, acarretam muitos desafios, por vezes, encontramos impedimentos seja de ordem institucional, seja na dimensão (interna) pessoal. Para motivar e enriquecer nossa reflexão destaco o testemunho de Irmã Dulce, carinhosamente chamada de anjo bom da Bahia. Segundo o enredo do filme Irmã Dulce, esta foi uma Religiosa sensível, amorosa e destemida fazendo da causa do doente, pobre e excluído a razão de sua vida.​

É profundamente humanizadora  a cena em que Irmã Dulce chega ao galinheiro do convento com uma procissão de pobres desvalidos, que foram expulsos do barraco que estavam. A madre superiora adverte sua Irmã dizendo que a mesma não pode fazer mais nada,  deve desistir de querer

ajudar aquelas pessoas. Então Dulce, toca sua madre com as mãos e afirma: “eu não posso fazer, mas a senhora pode”. O referido galinheiro se transforma num centro de acolhimento, e as outras Irmãs também se ocupam no cuidado com os doentes e famintos.

Com a instância política Irmã Dulce é perspicaz ao solicitar benefícios que ainda não chegaram aos seus pobres. Por exemplo: quando o prefeito com base na lei, a intimou a desocupar o espaço no qual ela havia abrigado os doentes, Irmã Dulce imediatamente perguntou a esse governante: “o senhor tem uma ajudinha para dar aos meus pobres?”.  Na Inauguração do hospital, ao anunciar a fala da Dulce, esse prefeito se exaltou dizendo que havia colaborado fortemente para sua obra, então a Irmã após recordar que a obra não era dela, mas sim de Deus, disse ao prefeito já que contamos com seu apoio irrestrito, precisamos de mais verba para construir a ala aos pacientes excepcionais. Em seguida, questionada pelos jornalistas, se o que fazia era assistencialismo, serenamente esclareceu que assistencialismo é tirar proveito político da situação do pobre, que seu partido era a pobreza e concluiu: “tudo seria melhor se houvesse mais amor”.

Felizmente, em nossa caminhada temos tantos Irmãos e Irmãs que assim como Dulce, Doroth, Dra. Zilda, Dom Helder, às vezes no anonimato cotidiano, entregam suas vidas sem reservas, mantendo viva a chama do amor. Motivam-nos a seguir “pelas trilhas da mística, da profecia e da esperança criativa, salvaguardando a fidelidade ao projeto de Deus”.



Irmã Sirlei Herber – I.F.N.S.F.

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